terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A culpada



Escrevo para dizer que sinto muito por ter feito um furacão de minhas palavras, por ter-nos castigado, por tê-lo perdido e nos separado.
E sim me exilei, me isolo sempre. E cá estou eu nos meus mais profundos cantos, com os mais obscuros pensamentos, dos quais não consigo escapar, mesmo que eu tente evitar, vou me martirizando, destruindo o que restou das peças do quebra-cabeça que eu chamo de vida.Hoje eu me sinto azul, minha cabeça vai vendo as linhas que não posso pisar pela rua, tudo isso enquanto meus demônios me perseguem. E eu não consigo descobrir como me montar, pois não sei o porquê dessa tristeza absoluta, preciso achar a cura para essa dor que me corrói, encontrar minha vontade de tudo que esconderam em algum lugar.
Queria que soubesse que a chuva que escorre pela janela do meu carro, assim como as lágrimas no meu rosto, este que esbanjava um sorriso que se estendia, que contagiava e que não mais retorna com tal naturalidade, com tanta facilidade.
Minha caverna desmorona cada dia um pouco mais, e os rabiscos na parede meu bem, estão no chão com os destroços. Mas ao invés de pedir perdão, te digo que sinto muito. Que eu sinto de tudo quando se trata de você.

por: Camila Pereira

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